"Mesmo que tenhas dez mil plantações, só podes comer uma tigela de arroz por dia; ainda que a tua casa tenha mil quartos, nem de dois metros quadrados precisas para passar a noite". Ler isto faz-me lembrar que, ontem, numa das muitas conversas de gaja em que pouco mais além de baboseiras se diz, começamos a falar de dinheiro. Uma das minhas amigas disse "Eu sou uma gaja simples, não preciso de muito para ser feliz. Mas é mesmo verdade!". E eu pus-me a pensar e concluí que eu sou igual... Realmente nunca fui rica, hoje muito menos o sou, mas sempre fui tremendamente feliz.
A começar, porque tenho uma família daquelas que poucos se podem dar ao luxo de dizer que têm (a parte materna, vá). Somos como cães raivosos em relação aos outros, ai de quem se meta com um de nós!
Tenho uma casa bonita, com tudo o que preciso. Tenho animais que me dão uma alegria imensa. Tenho poucos (por opção) mas bons amigos. Tenho um namorado que nem vale a pena tentar descrever porque ficarei sempre aquém do que ele vale. Tenho tudo o que preciso para ser feliz, basicamente.
Claro que não tenho a bolsa da Mango que quero, nem as sandálias da Grendha que vi ontem, nem o armário de 5 portas que quero comprar para o meu quarto. Mas não tenho ainda, porque vou trabalhar e daqui a uns tempos já tenho tudo isso (ah pois, que ele não cai do céu...). E, se não tiver, não serei menos feliz isso, porque a vida é tão mais do que essas coisas, que são demasiado pequenas e insignificantes para valerem muito.
Um pequeno-almoço num café simpático, um mimo ao acordar, um dos meus gatos de manhã ao lado da minha cara a ronronar quando acordo, um lanche com a família, ou uma almofada nova bonita prá minha cama já me fazem feliz. Coisas assim. Não é preciso grande coisa, de facto.
Nem nos gostos sou rica, poça! :D
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