quinta-feira, 30 de julho de 2009

"Oi menina,posso ver suas unhas?"

Além de estudante (quer dizer... tem dias... universitária, vá!), nos últimos meses tenho feito promoção em hipermercados. Já fiz Pantene, Tide, Gillette, etc. etc. etc. , e no último fim-de-semana e próximo estou a fazer H&S.
Eu não tenho jeito nenhum para aquilo, tenho uma dificuldade horrorosa em falar com pessoas que não conheço e em meter-me com elas. Gostava muito de ser como aquelas meninas (irritantes, refira-se) que dizem sempre a mesma coisa quando estou no shopping: "Oi Menina! (sim, são brasileiras) Posso ver suas unhas?", ao que respondo com um sorridente "Não, obrigada na mesma."
Não satisfeitas, elas contra-atacam "Mas deixa eu ver linda (esta parte do linda é para nós, gajas, ficarmos todas vaidosas e acedermos)...",.E aqui eu lá mostro as mãos com muita falta de vontade e digo "Não precisam de nada, estão bonitas assim".
Mas elas inventam qualquer coisa na hora, uma verruga, uma mancha na unha, uma pelica fora do sítio, uma doença, o que for!: "Mas as cutículas podiam descer um bocadinho...". E eu "Não, não! Estão bem assim, eu tenho as unhas fundas".
Claro que elas são persistentes e continuam "Ai mas pode levar um exfoliante...". Aqui eu, já a começar a revirar os olhos, solto um "Não, não é preciso, obrigada".
Mas eis que a tortura continua: "Mas fazia bem, sabe que a pele precisa de hidratação e...". Interrompo com um "Menina, a sério, não é preciso... Eu cuido bem das mãos, até tenho um kit parecido com esse".
Já a ficar danada, ela diz: "Mas este é novinho, não pode!". E aí eu não gosto: "Ai pode, pode, mas não pode o quê! E eu não quero, obrigada!" (E aqui desando!)
Isto tudo para dizer que dou os meus parabéns às grandes promotoras, que sabem cativar os clientes sendo simpáticas e insistentes com conta, peso e medida. Quanto às outras, que não sabem quando parar de chatear, arranjem outro trabalho ou então façam como eu: fiquem caladas ao lado do produto e falem só para quem olhar para ele. Resulta!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

E depois admiraram-se quando a Maddie desapareceu...

Hoje vi uma cena estupidamente irresponsável. Primeiro até achei que fosse um boneco, mas era mesmo uma criança. Passo a explicar:
Eu e o Senhor Pó (namorado da Poeira) viemos agora de um restaurante brasileiro onde comemos um rodízio que nunca mais acabava e salgado p'rá caneco heim! Mas adiante... À saída do restaurante, já lá fora, quando nos preparávamos para ir para o carro, vemos um carrinho de bébé fora da porta do restaurante, encostado a um canto onde estava tudo escuro e sem luz. Eu fiquei surpreendida e olhei p'ra ver se era só o carrinho que tinha ficado lá fora para não incomodar a passagem lá dentro, e eis quando vejo uma cabeça. Pensei realmente que fosse de um boneco, mas mexeu-se e era um bébé com certamente menos de 6 meses de idade.
Viro-me pró meu namorado e digo "Olha, é um bébé... será que o deixaram ali? Não pode ser de ninguém que está lá dentro, por amor de deus..." e ele entrou logo no restaurante e foi falar com um empregado e disse que estava lá fora um bébé. Vieram os dois cá fora e voltaram, e o empregado dirigiu-se a uma mesa enorme de cerca de 15 ingleses e perguntou-lhes pelo bébé.
O pai, muito espantado, só diz "Is she awake?". E o empregado diz que não. Mas tipo... são dez e meia da noite... está fora de um restaurante, no cimo de umas escadas que vão dar ao rio... está um vento do caraças... está muito escuro... e é um bébé!!!
Estes ingleses são, definitivamente, muito estranhos.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

As palavras que nunca te direi...


Poderia ser o título de um livro (como é), mas neste caso não.
Tal como muita gente, eu tenho imensa dificuldade em dizer aos outros aquilo que sinto. As pessoas que mais amo são aquelas que mais dificilmente me ouvem dizer que as amo, ou me ouvem pedir-lhes desculpa ou tão só que sinto a sua falta. Tudo se torna muito mais simples quando o coração nos permite distância suficiente para podermos dizê-lo sem nos sentirmos incomodados ou envergonhados.
Há coisas que sinto mas não digo e sei que arrepender-me-ei a vida toda se um dia perco a minha mãe, a minha tia, o meu tio, a minha avó, o meu irmão e sobretudo a minha irmã sem nunca ter chegado ao lado deles e dar-lhes um abraço simplesmente por sim, simplesmente porque o sinto.
Desde muito nova que tenho dificuldade em dizer as coisas mais bonitas às pessoas mais queridas, e essa é uma das coisas que mais rapidamente mudaria em mim.

Ao meu namorado, que dentro do baralho ainda é o mais afortunado neste sentido, fica aqui o meu Amo-te. Bem como à minha mãe, à minha tia, o meu tio, a minha avó, o meu irmão e, muito especialmente, a minha irmã. Porque, às vezes, quando o queremos dizer, já não temos quem nos possa ouvir…

Humor de cão... e depende do cão!


Hoje estou tão irritada, nem sei bem porquê! Aliás, até sei... é ter de estudar para um exame e não ter tempo, é ter de trabalhar, é não receber o dinheiro dos trabalhos que fiz - e não ter perspectivas de o receber tão cedo - e estar tesa como um bacalhau... Tirem-me deste filme!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Ano complicado.


Hoje estou assim uma bocado pró murcha. Esta época de exames correu-me mesmo mal, as notas foram mesmo rés vés campo de ourique, e ainda chumbei a uma cadeira (coisa que nunca tinha acontecido). Vou ter de repeti-la para a semana mas estou cansada porque já são dois meses seguidos a ter de estudar todos os dias.

Ainda por cima, a juntar à festa, ando chateada porque acabei de passar pró quarto ano (o último, graças a deus!) e tenho uma série de amigas minhas, da minha turma, em risco de chumbar. Aliás, a maioria acredito mesmo que já não tenha hipótese de passar (embora lhes diga o inverso), apesar de eu saber que estudaram e se esforçaram e copiaram p'ra caraças (ora aí está um ponto essencial!)... Aliás, todos copiamos porque, nas palavras sábias do meu professor de Economia Política, "Nós sabemos que vocês copiamos e, desde que o façam discretamente, não há problema porque ninguém faz Direito sem copiar uma vez que seja. Nem eu!". O resultado? Copias e chumbas na mesma, isso é que é incrível! (Nunca usei a técnica da foto, mas até que não é uma má ideia!)

Enfim, deve haver alguma regra que não permite receber quase 200 alunos no quarto ano e então têm de seleccionar ao calhas, quer eles saibam quer não... E quem se lixa é o mexilhão que até percebe do assunto!

Fresca com uma alface.


Desde pequenina que a minha mãe sempre nos habituou (a mim e aos manos) a "andar tão bem por baixo como andamos por fora", que é como quem diz..., a andarmos sempre tão arranjados e limpinhos por dentro como andamos por fora.

Ela colocava-nos sempre a hipótese de, por infelicidade do destino, podermos ter um acidente e irmos parar ao hospital: dizia - e continua a dizer - que temos de andar sempre de modo a não termos vergonha que nos vejam a roupa interior ou o corpo num hospital, na eventualidade de irmos lá parar sem contar.

Por isso é que faço questão de andar sempre com cuecas, soutien e meias limpos, não rotos ou com buracos (vá, na meia já se sabe que o buraco no sítio do dedão é quase como o emblema da marca!); de não andar com pêlos nas pernas e partes próximas como se fosse filha de um par de gremlins; de não andar a feder e andar sempre fresquinha.

É que, credo, se não há falta de água, não custa nada lavar a roupita interior e passar um duchezito antes de sair de casa!

Isto a propósito de que, principalmente agora no Verão, há gente que anda por aí a feder muito e com um aspecto de quem não se lava há três-quinze-dias... se por fora já é mau, imagino por dentro...

E já não a primeira vez que vejo mulheres no Verão, com tops de alças, a ver-se os soutiens todos encardidos e às vezes até com um alfinete nas alças... imagino as cuecas! Um banhinho não custa nada, a água não dói nem faz alergia... p'ra serem poupadinhos até podem comprar uma barra de sabão rosa e lavam a roupa e o corpinho com a mesma coisa, mas ao menos estão limpos. Toca a não ser porquinhos!

Silêncio!


Sou eu que sou estranha, ou o silêncio também vos incomoda? Sou absolutamente incapaz de estar a comer em silêncio e a ouvir-me roer feito um rato, pelo que acabo sempre por ligar o exaustor do fogão e ficar a ouvir aquele vruuuuuuuuummmm enquanto como (melhor que nada!); enerva-me estar em casa e não sentir ninguém ou nada, por isso ligo sempre a televisão e já tenho a sua companhia; não consigo fazer uma viagem de carro em silêncio, é demasiado enfadonho; no autocarro ponho sempre os fones nas orelhas, porque senão morro de tédio... sei lá, se calhar sou daquelas-pessoas-desesperadas-que-precisam-sempre-de-companhia, quanto mais não seja do som. lol

domingo, 12 de julho de 2009

Duas metades do mesmo ovo.


Ser gémeo é daquelas coisas que por mais que se queira explicar o que é a quem não o é, não se consegue.


... Fiz-me entender? Acho que sim!


É uma relação que não se tem com mais ninguém: nem mãe, nem pai, nem irmão, nem tio ou tia, avó, cão, gato ou piriquito. É ter uma pessoa que pensa exactamente o mesmo que nós a propósito de X ou Y, que se ri das mesmas coisas, que diz a mesma piada ao mesmo tempo, que gosta de ir connosco às compras ou ver montras, que compra o nosso número de sapatos (embora calce ligeiramente abaixo) porque também vai servir à outra. É preocupação, ligar só p'ra saber onde é que a outra anda para ir lá ter p'ra irmos juntas p'ra casa, porque sozinha é chato. É o "ai de quem se meta com a minha irmã, está fodi**...". É estar na conversa há 20 anos seguidos e ter sempre do que falar. É uma coisa especial.

No coração.


" ... Há gente que fica na história da história da gente, e outras de quem nem o nome lembramos ouvir."

Há poucas pessoas que têm realmente importância na minha história, por motivos variados. Mas aquelas que importam de facto, estão guardadas bem aconchegadinhas. E é assim que deve de ser. Nunca sabemos o dia de amanhã.

domingo, 5 de julho de 2009

A Porta e a Verdade.

… e um dia a porta bateu.
Seca, num estalido profundo.
E eu olhei-a somente, sem entender
Porque é que de repente me fechou para o mundo.
O meu castelo no ar caiu por terra,
E as minhas mãos enrugaram-se de frio.
As gotas rolaram para o chão
E no peito apenas um vazio.
Mas da porta soou uma verdade:
Aquele som de quem partiu
Porque já não tinha mais para dar.
O amor acabou… ou então fugiu.
E os dias lentos passaram.
Mas os meses voaram,
As gotas secaram,
E a porta não voltou a abrir.
E agora ergui-me, abri-a e saí.
O choro passou,
O mundo girou
E quem a bateu
– com ainda mais força –
Fui eu.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Bichinho carpinteiro.

Eu devo ter um grande e gordo bichinho carpinteiro cá por dentro, porque não estou bem quieta. Estive o mês todo em exames e quando, finalmente, tenho um dia de descanso para estar em casa, estou a achar uma seca... mas também não tenho nada para fazer... as amigas estão ainda a estudar, a irmã a estagiar, o namorado longe, a família longe e eu a ver as tardes da Júlia... credo!

Mortinha por chegar lá...


Apesar de dizerem que os anos de faculdade são os melhores das nossas vidas, estou ansiosa por acabar o curso e começar a exercer notariado, ou pelo menos tentar (senão, volto para o Gato Preto!). Ansiosa pela agitação e responsabilidade do trabalho.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Já cheira a férias...


Já fiz os exames todos. Já passei a três, falta saber as notas dos outros dois! Estou com esperança de passar, embora não tenham corrido grande espingarda... Vamos lá ver!
De qualquer das formas, agora durante uns dias sinto-me de férias. :-) Até é estranho não ter nada para fazer...
Acho que foi trabalhar pró bronze... Até nem queria, mas vai ter de ser...