domingo, 25 de abril de 2010

Queima.

Estamos em tempos de Queimas, e eu mal posso esperar por aquela que conto que seja a minha Queima final! E eu que até nem gosto dessas coisas... Mas vai ser giro. Amigos. Sair. Passear. Para depois voltar a estudar. Muito. Pela última vez.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Conjuntivite careira.

Estou há três semanas com uma conjuntivite viral (foi isto que a médica hoje lhe chamou). Além de me ter feito deitar fora dois pares de lentes de contacto mensais (que são caríssimas!), ela ainda me fez ter de comprar uns óculos (que, também soube hoje, devido ao estado em que se encontram os meus olhos, vou ter de usar durante meses! Merda!), e também me fez comprar já quatro medicamentos. E ainda por cima tive de ir ao hospital privado, que no público só daqui a 2 anos é que me chamavam! Isto na melhor das hipóteses, porque eu marquei consulta há mais de 5 e ainda não me chamaram. lol

Enfim... Além de não gostar de me ver novamente de óculos, sinto-me desconfortável, doem-me os olhos, quase que me mato a conduzir, e ainda fico tesa!

sábado, 17 de abril de 2010

O meu lar.


Ontem li um excerto de um livro (Uma Aventura de Espírito, Richard Bach) que já nem me lembrava que tinha.

O nosso lar é tudo o que o que conhecemos e amamos. Quando estamos juntos, estamos em casa. Um lar não é um sítio. Não creio que o conhecido e o amado tenham tecto, ou que estejam ligados por pregos, vigas e cimento. O nosso lar é uma determinada ordem que nos é querida, na qual não há perigo de sermos quem somos.

É verdade. O meu lar são aqueles que amo, a minha família e os meus amigos mais chegados. E é com eles apenas que não me importo de dizer tudo o que penso, de rir quando me apetece, de chorar quando também me apetece, de me sentar em cima das pernas a ver televisão, de comer frango com as mãos. É com eles que me sinto em casa.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Grande pizza!


Vê-se que somos um país em muito mau estado quando um jornal - no caso, o 24 Horas, dos jornais mais lidos do país - faz capa com uma notícia de uma "senhora" que diz que se envolveu com Cristiano Ronaldo e que o seu pénis é, e passo a citar, do tamanho de uma pizza familiar.

Palavras para quê?

domingo, 11 de abril de 2010

Somos pelos filhos.


Em regra, um bom pai e uma boa mãe tratam bem dos seus filhos. Fazem tudo por eles, trabalham, trabalham, trabalham, chegam a casa, cozinham para eles, lavam-lhes a roupa, estendem-lhes a roupa, recolhem-na, passam-na a ferro, fazem-lhes chá quando lhes dói a barriga, fazem-lhes o pequeno almoço se estão doentes (e alguns mesmo quando não estão), abdicam de si por eles. Deixam de ir ao ginásio porque o dinheiro não sobra, mas não tiram os filhos do karaté, natação, música, violino, dança. Deixam de ir ao cabeleireiro com a frequência devida, descuram as madeixas, andam com as brancas à mostra, mas não deixam que o cabelo dos filhos ande espigado. Passam a comprar roupa barata e só em dias de festa, mas não deixam de comprar Carhart, Nike, Adidas, Levis, Replay, para os meninos. Os mesmos meninos que, apesar de saberem das dificuldades dos pais (e se não as sabem, é falha dos pais, pois deve aprender-se cedo que o mundo é imperfeito e o dinheiro não chove), não se inibem de exigir um par de calças de 100 euros, uns ténis de 150, ou uma mochila de 50, porque é o que os colegas têm. Os pais deixam de sair ao fim-de-semana para algum lado especial, deixam de ir ao restaurante, deixam de viajar, mas os filhos continuam a receber dinheiro para ir para a noite, para se embebedarem, para deitarem tudo num vómito ou dois a seguir, para fumar, para a ganza.
Os pais aturam desaforos, filhos mal-educados, acusações, exigências, dedos apontadods. Os filhos não aturam nada, não têm consciência do difícil que está a ser aguentar o barco que é a casa onde vivem.
A recompensa vem uns anos mais tarde. Quando os pais já estão mais velhos e os filhos estão formados pela Católica onde se fartaram de repetir anos e cadeiras - porque nem a decência de umas notas de jeito conseguiram e também não se preocuparam com o facto de sobrecarregarem os pais com mais esse estouro nas finanças da casa -, casam, saem de casa, os pais ainda lhes pagam o casamento, devido a mais um empréstimo que tiveram de fazer para o efeito. Mas os filhos querem quinta alugada, fogo de artifício, centenas de convidados, morangos e champanhe pelos corredores a fora. E os pais dão, porque esse é o dia do menino ou da menina.
Primeiro, visitam-nos todos os domingos, depois já nem por isso, só nas festas ou de mês a mês. Alguns todos os dias, porque comer na casa dos pais dá jeito e menos trabalho.
Os pais continuam a viver na casa já velha onde sempre viveram, mas os filhos constroem logo uma casa com jacuzzi, coluna de hidromassagem e piscina, que puderam comprar com o empréstimo que pediram ao banco e tendo os pais como fiadores.
A recompensa vem em palavras como as que ouvi de um rapaz num programa da tv outro dia, que devia ter uns 18 anos, a propósito de a mãe se ir sujeitar a uma operação à barriga porque tinha muitos complexos pois a mesma barriga tinha ficado muito estragada depois de ter os filhos: "O que é que eu acho? Eu não acho nada... Tudo bem, só acho que ela podia gastar antes o dinheiro em coisas para o nosso barco ou para nós". Ora toma e embrulha...
Uns anos mais tarde, quando os pais já estão ainda mais velhos, débeis, doentes, alguns acamados, a precisar deles, das duas uma: ou os põem num lar, ou simplesmente abandonam-nos.
Ter trabalho? Para quê? O que é que os meus pais fizeram por mim? Não fizeram mais que a sua obrigação.

sábado, 10 de abril de 2010

Um dia de compras.


Neste tempo como promotora em part-time aprendi que, para que o tempo passe mais rápido, das duas uma: ou falo com os clientes sem que eles queiram ou peçam ajuda, ou mais vale entreter-me a mirá-los enquanto fazem compras. Prefiro a segunda opção.
Um dia de compras normal vem sempre acompanhado de uma lista. Os portugueses têm muito o hábito de ir às compras de lista na mão (talvez por serem uns tesos), que vão riscando meticulosamente enquanto sobem e descem os corredores.
Quase toda a gente perde longos e pensadores minutos a olhar especado para as prateleiras com champôs e condicionadores (amaciador é para a roupa). Sobretudo os homens: olham as prateleiras, franzem a testa, franzem os olhos, coçam a cabeça, pegam no telemóvel, digitam um número, ligam para a mulher, "olha, de que cor é o champô que tenho em casa? (pausa) Ok. (pausa) Xau.", pegam e levam.
Outra coisa que é engraçada de ver é que os homens são muito mais mãos largas do que as mulheres! No que respeita a eles então, nem se fala... Não se inibem quando, ao fim de 10 minutos a olhar para os cremes, resolvem levar um hidratante de 15 euros para depois da barba. Ou quando compram uma gillette fusion de 15 euros, cujos carregores vão de 25 a 30 euros. As mulheres, por seu lado - burras -, ficam largos e pensadores minutos a avaliar os preços dos cremes para levarem sempre o mais barato. Repito. Burras.
Depois há pessoas que poupam em tudo. Mesmo no que não se deveria ter de poupar. E há outras que poupam numa coisa tão básica e essencial como um champô decente (e levam aqueles róscofes da Sou, É, Sei lá, ou whatever!) mas, paradoxalmente, depois levam rolos para limpar o cu verdinhos ou laranjinhas, todos XPTO, e caríssimos! Informo-vos, meus caros, que esse olho não vê. É ceguinho de nascença. Coitado.
Há ainda aqueles que têm tanto dinheiro (ou são simplesmente parvos) que se dão ao luxo de comprar dois rolos de cozinha com a Hello Kitty a 9 euros! Absurdo.
Mas a figura que eu mais gosto são, sem dúvida, os papa-promoções: aquelas personagens que andam pelo hipermercado a fingir que vão levar tudo o que estamos a tentar vender para sacarem os brindes, para depois abandonarem o produto num estante qualquer uns metros à frente e seguirem todos contentes com o brinde na mão.
Por último, há aqueles que falam connosco como se estivessem a fazer um graaaaande frete, muito aborrecidos e enjoados. E outros que falam connosco como se nos conhecessem há anos e nós devessemos mesmo querer saber que nem levam o Fairy que estou a promover porque sabem muito bem que a empregada anda a meter meio frasco de Fairy na bolsa e a levá-lo para casa, e a encher o outro meio de água, "que eu bem vejo lá a espuma! E se há coisa que eu não gosto é que me passem a perna!"

Enfim! É só mais um dia de compras.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Coisinhas novas.

Pois é, a Caixa foi às compras e já comprou as meninas Adidas que andava a galar há umas semanas. E como tem um namorado fofo, levou também um vestido da Mango para casa.
Há gente que merece, que queréis?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Dizer na cara.


Eu sei que hoje em dia é lugar comum dizer-se que o maior defeito que se tem é ser muito teimoso. Se me pedissem opinião (não pedem mas levam na mesma que é de graça), diria que isso é aquilo a que os ingleses costumam chamar de bullshit, que é como quem diz, uma treta do caraças! Quer dizer, posso ser mentirosa, invejosa, maldosa, desonesta, ladra, egoísta, mas o meu pior e terível defeito - aquele que só confesso aos melhores amigos - é ser teimosa!

Mas não é disto que este post trata. Sem dúvida que o defeito que gostaria de mudar em mim (não necessariamente o pior) é o facto de não ser nada frontal. E isto envolve uma série de pontos: não digo o que penso quando penso; não digo a verdade se uma amiga gorda me pergunta se está gorda; não chama cabra mentirosa e falsa à pseudo-amiga que vende os meus apontamentos na faculdade; não chamo cabra falsa e cínica à pseudo-amiga que me pedem ajuda para os exames e fala mal de mim pelas costas; não respondo à letra quando certas pessoas são desagradáveis comigo só para me deitar abaixo ou fazer sentir mal; não confronto as pessoas quando acho que fizeram algo de mal, a menos que me perguntem; geralmente não as confronto quando, de repente, ficam estranhas comigo e deixam de falar e eu não sei porquê (e passamos meses nisto); não consigo pedir dinheiro a quem mo deve; and so on.

Este é o traço da minha personalidade que tenho urgentemente que limar. Para bem da minha saúde mental e para bem da minha vida profissional, porque suspeito que se continuar assim hei-de servir de tapete de alguém um dia destes.