terça-feira, 12 de março de 2013

Boa da cabeça

Se há coisa que me assusta é a (triste) perspectiva de um dia, mais do que a capacidade física, eu perder a minha capacidade mental. Há tantas doenças mentais - sobretudo em idades mais avançadas - e são todas assustadoras. Tive um avô que esteve mais de 20 anos com Parkinson e Alzheimer, os seus últimos 6 ou 7 anos foram em estado vegetativo... uma coisa horrorosa para ele, uma coisa horrorosa para a família.
Mas sem falar desses casos extremos, a simples possibilidade de andar a fazer cenas pela rua porque se está senil já me deixa de coração apertado. Tem uma senhora que passa muitas vezes em frente à minha loja, não deve ter mais do que 65 anos... é uma senhora bonita, sempre muito arranjada, uma senhora fina mesmo. Sempre que passa por mim vira-me o cu e pergunta-me se as calças não lhe fazem um rabo grande... ergue a camisola e lá está ela com aquilo, sempre. Às vezes bate à porta da minha loja para me perguntar aquilo, eu da primeira vez ri-me mas das outras vezes sinto uma profunda pena da senhora. Mas sinto mesmo. Sorrio pra ela e digo-lhe sempre Faz nada, está tão bonita!, ela pergunta mais duas ou três vezes se não faz meeeesmo um rabo grande e lá segue viagem. Dali a 50 metros pergunta a outra pessoa.

Porra, isto de problemas na cabeça é lixado.

14 comentários:

Unknown disse...

Também já pensei nisso, é um horror :c

Bombocaa disse...

olha mas fizeste-me rir.


um dia diz a verdade...ai hj essas calças fazem-lhe um rabo enormeeeeeee, so pr ver o q ela faz
:)

GATA disse...

Não tenho muitos medos mas tenho um grande, o sofrimento por doença, seja que doença seja. Mas, obviamente, perder a memória e deixar de saber quem sou e quem são os outros é horrível... perder o juízo idem... ficar vegetativo numa cama idem...

Caixa disse...

Violeta, a situação é tão parva que se torna engraçada... mas imagina o que vai naquela cabecinha para andar atormentada com aquilo.

GATA, é horrivel, é uma coisa sem descrição... não sei, eu preferia morrer que ficar totalmente maluca da cabeça.

Laura Santos disse...

Realmente é muito triste perder a capacidade de discernimento devido a certas doenças... Deixar de reconhecer a própria família...

Maria disse...

Essas doenças são de fato assustadoras...e o caso relatado impressiona ...mas não podemos viver a vida, no bem ou no mal por antecipação..até porque ela nos reserva muitas surpresas, acredite sei do que falo!
Vamos esperar pelas boas...o que não impede de nos precavermos um pouco...alguns desses tipo de doenças mentais têm bastante a ver com os hábitos de vida desde cedo!
Fique bem!

Maria

Maria disse...

Essas doenças são de fato assustadoras...e o caso relatado impressiona ...mas não podemos viver a vida, no bem ou no mal por antecipação..até porque ela nos reserva muitas surpresas, acredite sei do que falo!
Vamos esperar pelas boas...o que não impede de nos precavermos um pouco...alguns desses tipo de doenças mentais têm bastante a ver com os hábitos de vida desde cedo!
Fique bem!

Maria

Maria disse...

Essas doenças são de fato assustadoras...e o caso relatado impressiona ...mas não podemos viver a vida, no bem ou no mal por antecipação..até porque ela nos reserva muitas surpresas, acredite sei do que falo!
Vamos esperar pelas boas...o que não impede de nos precavermos um pouco...alguns desses tipo de doenças mentais têm bastante a ver com os hábitos de vida desde cedo!
Fique bem!

Maria

Conto de Fadas disse...

Tem razão Maria. ***

Unknown disse...

Engraçado, também é daquelas doenças que penso mais ter medo de um dia ter. Até porque eu já sou distraida de mim , já tenho problemas de memória. O meu medo é de perder o juizo ou de não me lembrar de nada. :\

Espero é sempre conseguir esquecer esse por bocados e não pensar nisso. Mas quando somos confrontados com casos como essa senhora aterramos. É pena :\

Beijos

Conto de Fadas disse...

É horrível, eu ponho-me a pensar que depois toda a gente acha dela aquilo que eu acho, e a determinada altura toda a gente sente pena e ela nem tem consciência... Tadinha, e é amorosa, mas anda mesmo agoniada com aquilo do rabo. Que parvoíce.

Andreia Pereira disse...

É péssimo mesmo, eu sei que não se deve ter pena das pessoas, mas a mim mete-me muita pena as pessoas que não sabem o que estão a fazer

Conto de Fadas disse...

É isso Ela é Bela...

Boboquinha disse...

Yap! A degradação mental e física é lixada. Acho que todos temos esses receios. Eu esqueço por vezes de coisas que há uns bons anos sei que jamais esqueceria. Que viriam à memória num ápice, em catapulta. Agora esqueço nomes de pessoas. Ás vezes, de coisas, de objectos. De figuras públicas, de artistas, de escritores... aos quais me referi horas antes!

Dizem-me, os que ainda se preocupam em dizer seja o que for, que é normal e que sou JOVEM, logo, isso não é NADA...

Mas cada um sabe de si. No fundo, espero que não seja nada a não ser uns quantos neurónios que se queimaram ao longo dos anos, mas que até ao final da vida ainda vão permanecer muitos activos...

Porém, por vezes sinto que existe algo. Uma espécie de "bloqueio" que impede o «circuíto» da racionalização do ponto A para o B...

O tempo o dirá. Mas como assisti a isso na minha avó décadas antes de lhe ser diagnosticado Alzheimer, sei reconhecer a progressão extremamente ligeira, sei como começa, como se manifesta. Não vivo obcecada por isso. Aliás, raramente penso nisso. Mas é algo que paira...

Envelhecer é mau. Ponto. O corpo não reage igual, decide inventar problemas... ainda sou trintona, mas essas coisas sempre me preocuparam e já vivi o suficiente para sentir saudade da juventude que o corpo outrora teve.