sábado, 21 de novembro de 2009

Ajudar? Eh pá... Não vai dar... Tenho de ir ali...

Às vezes tenho pena de ser tão stressada contudo. Preocupo-me demasiado, quero saber demasiado, as pequenas atitudes e palavras magoam-me demasiado.
Gostava de ser mais desligada de algumas coisas, preocupar-me menos com os outros e os problemas, tentar ajudar menos, ser menos útil. A vida tem-me ensinado que os que mais ajudam e se importam, grande parte das vezes são os que levam mais patadas. E, no fim de contas, as pessoas nem querem realmente saber do que fazem por elas... a partir do momento em que já está feito.
Vou começar a abrir os olhos. Hoje estou num dia não!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Prendas de Natal


Sabem do que é que eu mais gosto no Natal? De comprar prendas! Adoro andar pela rua a fora, seja no Porto seja em Viana (no Porto há mais por onde andar!) a ver lojas, a cheirar tudo, aproveitar para comprar umas castanhas assadas num cartucho de jornal e devorá-las em três tempos, ver as pessoas, resmungar porque está muita gente e olhar com um brilhozinho nos olhos para as montras que, de forma bem portuguesa e bem pirosa, nos brindam com um Merry Christmas & happy new year. Gosto de o fazer acompanhada daquelas músicas um bocado irritantes de Natal que tocam a todo o momento.
Gosto de fazer uma lista de prendas com antecedência e comprar tudo bastante antes. Tenho o cuidado de escolher coisas que as pessoas vão gostar e gosto de escrever o nome do presenteado do embrulho, que faço sempre em casa com o maior gosto. Gosto de dar presentes embrulhados, com um laçarote farfalhudo. E gosto muito pouco de presentes em sacas com dois agrafes em cima e "pronto menina, já está embrulhado!"
Por isso é que quero ver se esta semana já vou espreitar umas montras e começar a comprar coisas. Porque gosto da confusão mas não tanta quanto a que há nos dois ou três dias antes do Natal e, sobretudo, gosto de escolher quando ainda há muito para escolher!
É uma altura do ano mesmo bonita, em que toda a gente é simpática e parece que os corações andam mais quentinhos: toda a gente dá o "bom natal" ou "boas festas" quando sai das lojas, toda a gente ajuda nos peditórios, toda a gente anda bem disposta. É pena que só dure este tempo, mas isso são outros quinhentos!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Bruxarias e coisas tais...

É tão mais fácil dizer que alguém de quem gostávamos traiu e magoou alguém que amamos (um filho, por exemplo) porque lhe fizeram bruxedo, ou porque bebeu chá de pintelho, ou porque bebeu chá da meia-noite, ou porque lhe fizeram uma amarração...
E que tal reconhecer que as pessoas nos desiludem e são mesmo más e baixas quando querem?
Não tolero traições... Não falo a namorados, porque isso cada um sabe de si e deus sabe de todos (e I don't give a shit about that...). Falo de gente casada, com filhos, com casa, com vida em comum.
E tolero ainda menos desculpas para elas, vindas do próprio corneador ou dos seus defensores.

Solinho.

Hoje a mãe foi operada. Como não podia deixar de ser, lá estavamos nós todos nervosos e expectantes em relação ao veredicto final. Correu tudo bem, e daqui a nada vai ser vê-la andar mais ligeirinha do que o costume porque o joelho já não dói conforme faça chuva ou sol!
E como ela vai precisar de uma ajuda extra durante uns dias, lá vieram as filhas do Porto para estar em Viana. Hoje, quando andava pela rua a fora, com o belo dia de sol e frio que esteve, já me cheirou a Natal. Adoro esta altura. Incrivelmente, hoje deu-me a sensação que daqui para a frente as coisas vão correr melhor. :-)

sábado, 14 de novembro de 2009

Má maré...


Decerto passou um ventinho ruim pela minha casa, porque esta semana é para esquecer! Primeiro fui eu que risquei o carro de um senhor ao ir para o trabalho e pimba, arrombo (azar 1)! Depois o nosso carro avariou (azar 2), a máquina de lavar que estragou-se e a ver se a vêm arranjar hoje (azar 3), a minha mãe que vai ser operada terça-feira e vai andar meio coxa (azar 4), o meu pai qe mais uma vez nos falhou e o dinheiro voa (azar 5)... Só apetece enfiar-me na cama, hibernar e acordar quando isto tudo passar. Estou verdadeiramente cansada disto.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Às minhas amigas.


As minhas amigas são poucas. São minhas amigas porque cada uma delas tem algo de especial que a fez merecer esse posto, que a poucos dou o privilégio de alcançar. Não digo facilmente que alguém é meu amigo, e isso vocês sabem.
São todas diferentes: uma é minha irmã. Outra só diz parvoíces e faz-me rir, e sempre gostou de mim. Outra vive comigo e está comigo quando preciso. Outra é intempestiva e não prende as palavras na boca. Outra não nos liga muito, mas é o feitio dela.
Ultimamente só nos pegamos e discutimos por dá cá aquela palha... Não podemos falar nada umas às outras que parece que estamos todas com o copo cheio e mais uma gota transborda.
Mesmo assim, vou para a faculdade nalguns dias só para estarmos todas juntas na hora de almoço. Demoramos tempo sem fim na fila mas, quando nos sentamos, nunca há silêncio. Geralmente há berros, gargalhadas e discussão. Tropeçamos nas palavras, falamos umas por cima das outras, mandámo-nos calar. De vez em quando discutimos com outras gajas que se sentam na nossa mesa e se metem com uma de nós (coitadas, levam resposta de nós todas!). Depois lutamos por quem vai buscar o café e vão sempre as mesmas. Tomamos café, conversamos mais um bocado e aquele bocadinho faz-me bem, enche-me a alma.
Há umas às quais ligo quando tenho novidades, outras não. Há umas que me ouvem quando preciso, e outras não. Há outras com as quais vou às compras e me divirto. Há aquelas com quem só falo sozinha de vez em quando, mas gosto. Há outras ainda com quem conto para tudo.
Somos do piorio. Falamos mal de tudo e todos, incluindo umas das outras. Todas nós já tivemos momentos de maior rispidez com outra de nós, e nesses momentos nenhuma foi santa e falamos mal umas das outras sim! Porque somos amigas mas não somos perfeitas. Não se pode negar, faz parte da nossa natureza de mulher. Somos picuinhas, somos ranhosas, somos mesquinhas e muito críticas.
Cada uma de vocês já me disse coisas que me magoaram. De uma já estive afastada muito tempo mas ela sabe que é especial para mim. Também eu já disse coisas que vos magoaram, sem saber.
Mas gosto de vocês. Não o digo, muitas vezes não o demonstro, mas gosto mesmo.

domingo, 1 de novembro de 2009

Fazer anos.


Faço anos daqui a uma semana. Eu adoro fazer anos, talvez porque ainda só conte 21!
Adoro porque, todos os anos, fazemos um jantar com a família que realmente gosto cá em casa - somos 8 ou 9.
Jantamos, falamos imenso e rimos outro tanto, entre meia dúzia de bacoradas que um ou outro vai dizendo. Os gatos sentam-se no nosso colo, como família que também são; tentam roubar a comida e, sem querer, lá cai um ou outro pedaço no chão, que prontamente eles - como bons gatos que são - tratam de limpar com grande aprumo.
Depois sentámo-nos todos nos sofás, em frente à televisão. A avó vai buscar uns chinelos da mãe ao quarto e deita-se a dormitar, enquanto os outros conversam. Mais tarde vamos buscar o bolo e o champanhe, cantámos os parabéns a altos berros em dobro - porque as aniversariantes são duas.
Comemos e vamos buscar as prendas, que se abrem uma por uma e se mostram com alegria. Se são de vestir (são sempre, é do que nós gostamos!), há desfile tal qual fossemos umas top models. Depois levamos as prendas para o quarto e voltamos para a sala, onde nos sentamos todos juntinhos a falar mais um bocado e a rir. A noite acaba, e eu vou para a cama toda feliz. :-)