Como os tempos mudam...

Lembro-me de em Agosto ter escrito aqui que estava muito preocupada com Setembro e Outubro na loja, a nível de vendas. Eis senão quando Outubro se transforma no meu melhor mês de vendas de sempre... estranho, muito estranho, mas fico feliz!

Só posso concluir que este ano, como não vão existir subsídios e o pessoal anda mais apertado, vão comprar as coisinhas de Natal cada vez mais cedo, para depois doer menos... o que é de louvar é que as pessoas, ao invés de se ficarem a chorar em Dezembro, readaptam-se e vão comprando as suas prendinhas aos poucos. Claro está, aquelas a quem ainda sobra algum para prendas...

Agradecimento

Uma altura li por aí que o agradecimento é o sentimento com prazo de memória mais curto e isso é um facto que tenho vindo a comprovar ao longo dos últimos anos.

Às vezes era tão curto que, quando andava na faculdade, perdia 3h da minha vida a estar a fazer um exame via telemóvel para colegas minhas que não passavam de outra maneira nos exames e, chegadas cá fora, nem um Obrigada, já se tinham esquecido. Tenho colegas, que considerei amigas, que quando acabei a faculdade e de depois de praticamente lhes ter feito o curso inteiro, nem me falam... enquanto andava na faculdade, eram amicíssimas... acabei, desapareceram.

Mas um caso do qual me lembro mesmo muito - porque fiquei verdadeiramente chocada - foi no Natal passado. Como é sabido, antes de abrir a minha loja em Outubro passado, trabalhava numa loja do shopping. Demiti-me para abrir a loja mas davamo-nos todos muito bem lá... no Natal comprei 4 pulseiras para 4 das meninas que lá trabalhavam, as mais especiais para mim, e para os outros 3 comprei bombons. No dia 24 de Dezembro, antes de abrir a loja, dei-me ao trabalho de ir por lá deixar os meus presentes.

Ora bem, não vou já falar no facto de só uma - que já lá nem trabalhava - me ter dado um presente também, nem que fosse um bombom. Pronto, eu sou pessoa cuidadosa e que gosta de presentear quem gosta, mas nem todos somos assim e isso nem censuro... Vou falar sim do facto de 3 dessas pessoas, além de nem me terem respondido à mensagem de Natal que enviei para os seus telefones, nunca me agradeceram o mimo. Nunca, nem uma mensagem, nem um telefonema, nem um bom Natal, nem uma palavra depois das vezes que me viram a seguir.

A isto eu chamo de gente mal agradecida mas, sobretudo, de falta de educação. Fiquei chocada e ainda hoje continuo porque estas pessoas recebem, não respondem, não dão em troca, não agradecem. É o cúmulo.

Waiting for Christmas...

De hoje a dois meses é dia de véspera de Natal. :-) Vivo esta época com muita alegria, muito entusiasmo, adoro comprar prendas (embora o orçamento seja apertado), fazer listas, comprar decorações... este ano o tempo livre vai ser mesmo muito pouco porque vou estar com dois pontos de venda da loja, mas não quero saber, tudo se há-de arranjar.

Adoro o Natal. :)

Asco

Detesto gente politicamente correcta e com a mania de distorcer tudo o que os outros dizem. Detesto profundamente. Detesto ao vivo, detesto online, detestaria até na lua.

Há gente que, em todas as palavras dos outros, tenta arranjar algo de mal. Fazes uma piada, é porque és horrível e gozona e não te enxergas; dizes uma verdade, é porque és horrível e não tens coração. Temos sempre de defender os fraquinhos, os oprimidinhos, os feiinhos, os gordinhos, os magrinhos, os baixinhos, os gigantinhos, os pobrezinhos, os riquinhos, e todos no mundo. Não se pode brincar com nada porque esta gente não sabe brincar, não sabe rir-se, não sabe relaxar...

Que asco!

IKEA

Amanhã de manhã vamos ao IKEA. Tenho de ir lá comprar umas estantes para a loja e umas coisas e, claro, já sei que me vou perder no meio da decoração de Natal que, segundo vi por aqui, já lá está toda. Vi algures umas bolas para a árvore em forma de cupcake e achei muito engraçadas para a minha loja, vamos ver. :-)

O problema do IKEA é que estas coisinhas são tão baratas que bota pró saco, bota pró saco, bota pró saco... e na hora de pagar acabamos por pagar uma pipa de massa.

Depois mostro as minhas aquisições!

Deste tempo

Hoje enquanto passeava a Rosinha pus-me a pensar como é normal que as pessoas fique deprimidas no Outono/Inverno. Acordamos, está escuro, frio e a chover. Às 19h e tal, quando chegamos a casa (a maioria, vá), já é de noite há duas horas, está frio e continua a chover. 

Está sempre a chover, não dá vontade de passear, não dá vontade de ir a um café, não dá vontade de fazer nada fora de casa. Por outro lado, sabe que é um mimo estar em casa com este tempo...

Na loja é o mesmo. Não se vê ninguém, o que se vende é a pessoas que já iam à loja mesmo por algum motivo, porque as ruas estão desertas... enfim, o que vale é que online nunca chove.

O respeito pelo trabalho alheio

Chega a um ponto em que me sinto ridícula a ter de estar constantemente a mandar emails aos meus clientes online para pagarem o que devem.

Desde pequenina que sou muito rigorosa nos prazos e horários. Não é mania minha, acho apenas que atrasos são, na maioria das vezes e salvo raras excepções, sinal de desrespeito, seja chegar atrasado à aula da faculdade e entrar na maior na sala porque se ficou a dormir mais 15 minutinhos, seja achar que 3 dias de reserva são 5 ou 6 e que está tudo bem.

Há 6 dias que recebi uma grande encomenda e todos os clientes que tinham reservas foram contactados nesse mesmo dia. Ora, se as reservas são por 3 dias deveriam estar todas pagas, certo? Errado, tenho umas 20 guardadas no armazém... ora porque nem resposta levei (mandaram comprar e nem respondem nem pagam), e essas vou pôr à venda agora; ora porque chegam e dizem que agora não dá jeito pagar (apesar de encomendarem sabendo quando as coisas chegavam, e a mim tem de me dar jeito pagar...) e para esperar uma semana (não perguntam, impõem mesmo!), ora porque andam a inventar motivos para adiar pagamento... 

E isto, meus amigos, é desrespeito. Se ainda não sabem que isto é o meu dinheiro, a minha vida, o meu único sustento, deveriam. E se acham que pagar amanhã ou daqui a 15 dias é igual, é porque realmente não têm a mínima noção do que é gerir um negócio próprio. Enfim, há dias em que estou sem a mínima paciência para gente que não sabe respeitar os outros.

Tenho andado com muito trabalho - haja Deus -, pelo que o tempo para vir aqui cheirar tem sido nulo. No entanto, hoje recebi uma notícia sobre a qual tinha de escrever. Não gosto de dramatizações, já sofro por antecipação em relação a demasiada coisa, por isso quero acreditar que não haver nada de maligno dentro da minha avó, a mulher de 80 anos com a qual vivi até aos 11 anos, com quem estou todas as semanas, e que apesar de já meio croca (coisas da idade) é a pessoa mais fofa, mais preocupada, que adora os netos e os filhos e toda a gente à sua volta. Aquela que faz questão de todos os sábados nos pagar o lanche a todos, a nós os 8 ou 9, sempre todos juntos. Aquela que adora os jantares todos juntos, que conta 50 vezes a mesma história, que (já) ouve mal as coisas e depois cisma com coisas que ninguém disse...

A minha casa sempre foi um matriarcado. Nunca conheci o meu avô, infelizmente faleceu cedo. Também pouco cresci com o meu pai, sempre trabalhou fora até à separação. E por isso saber que algo de mau está a acontecer é estranho (porque nunca tive doenças na família nem mortes de alguém mesmo chegado), é injusto e é angustiante.

Mas não há-de ser nada. Acredito piamente que não há-de ser nada.

Da chuva

Apesar de gostar do Outono, este início de tempo chuvoso, mais fresco, com vento, com pouca gente na rua, deixa-me nostálgica. Fico até meio deprimida. Acho que é mal geral.

Das duas metades

Como é certo e sabido, eu tenho uma irmã gémea. Eu acho que a relação entre irmãos gémeos é a relação mais bonita que existe. Não tem nada a ver com a relação com um outro irmão porque nós temos um irmão e garanto, não tem mesmo nada a ver...

Na nossa laranja, eu fiquei com a seriedade, a minha irmã com o sorriso. Sou uma pessoa muito menos bem-disposta do que ela, não haja dúvidas. A minha família diz que estou sempre de trombas. Não concordo com isso, mas reconheço que tenho um certo mau-feitio e tendência para a irritação com pequenas coisas.

Na nossa laranja, ela ficou com a metade da imaginação, eu com a metade da racionalidade. Se ela escreve naturalmente com imaginação (e isso nota-se no mega blog dela, por exemplo, ou na escolha da sua profissão), eu tenho dificuldade em fazê-lo. Tenho muitas ideias mas pouca imaginação. Pelo contrário, sou muito mais metódica, muito mais organizada, sempre fui eu que tratei das nossas coisas quando vivíamos juntas, do género contas da casa, listas de compras, por aí.

Na nossa laranja, ela é vestidinhos, muitas saias, muito calção, muito salto alto, muito acessório. Eu sou calças de ganga, ténis ou rasos, um colar e relógio e chega.

O engraçado dos gémeos é que, naturalmente, somos sempre muito parecidos um com o outro, seja física seja psicologicamente. Mas mesmo nas diferenças, nos complementamos. E não é preciso uma palavra sequer para sabermos a opinião da outra acerca do assunto, dizemos as mesmas coisas ao mesmo tempo, rimo-nos sozinhas da mesma coisa sem que os outros entendam, basta um olhar e sabemo-nos ler completamente, totalmente, irremediavelmente. E isso não é substituível por nada deste mundo, por isso digo sempre que a minha metade da laranja está acima de tudo no mundo.

Coisas da gataria... da minha irmã.

Pois tenho a dizer-vos que tratar das minhas sobrinhas gatas se está a revelar uma tarefa difícil. Primeiro, porque meter duas gatas estranhas num apartamento onde já coabitam dois gatos e uma cadela é naturalmente complicado. Segundo, porque a Sôdona Evita, a gata preferida da minha irmã, é uma grande malcriada, super agressiva com os outros gatos e muito mandona, muito territorial, muito dona do pedaço.

Depois de na primeira noite ela ter batido na minha cadela, que é só um labrador de 30 quilos, e ter rosnado toda a noite aos meus gatos com direito a pancadinhas de amor pelo meio, esta noite fomos mais espertos e a solução encontrada foi:

1 - cadela a dormir na marquise como de costume;

2 - meus dois gatos a dormir fechados na sala com a sua caixota da areia e comida;

3 - gatas sobrinhas e visitantes soltas na casa.

Até correu bem. A Blackie, que é a outra gata dela e muito estranha, passa o dia debaixo da cama do quarto de hóspedes. Mas mal fechei os outros nos respectivos quartos, dois minutos e apareceu no nosso. Cheirou tudo, saltou para a cama e dormiu connosco, coisa que a mina irmã disse que não aconteceria porque ela é raro dormir com eles, por causa da peste Evita que malha nela também.

Mas dormiu, como um anjinho. Quanto à outra, como gata mimada que é, mamou toda a noite nos nossos lençóis (deve ter ali algum trauma qualquer), ronronou toda a noite e pisou-nos toda a noite também, sempre a saltar de um lado para o outro.

Resumindo e concluindo, está tudo mais calmo, tirando as noites que são horríveis e o facto de a minha cadela andar escondida na própria casa. sempre ao nosso lado porque se a Evita a vê manda-se a ela. Ontem arranquei uma unha da Evita do focinho da minha gata, porque ela atacou-a e a unha ficou lá agarrada.

Outubro

Hoje foi o último dia em que usei sandálias este ano. Estou à secretária e tenho os pés tão mas tão gelados que nem os sinto. Também já estou de casaquinho... sê bem-vindo Outubro! Mantém-te solarengo.