sábado, 25 de abril de 2009

As pessoas são capazes do melhor e do pior. Sobretudo do pior.






Eu sou doida por animais. Ponto. Por este mesmo motivo, agora que nos estamos a aproximar do Verão e das famosas férias, escrevo este post, que se dirige sobretudo a ti, seu/sua grande BICHO DE DUAS PATAS, que abandonas os teus cães e gatos quando vais de férias (animal não, que isso seria um elogio!):
A qualidade de um povo vê-se pela maneira como trata os seus velhos, as suas crianças e os seus animais.
Os animais dão-nos o melhor que há, são-nos fiéis, fazem uma festa quando nos vêem (se forem cães bébés, com direito a pinguinha e tudo!), fazem-nos rir e são uma grande companhia.
Isto é tudo verdade, e não deixa de o ser quando é Verão. Por isso, como é que têm a coragem e a falta de coração de os abandonar p'ra ir de férias?! O dinheiro chega para ir ao Brasil três semanas, mas não chega p'ra pagar a um hotel canino, que custa meia dúzia de euros por dia? Da mesma maneira que não chega p'ra pagar a viagem aos vossos pais, ou p'ra pagar a alguém que cuide deles? Fica mais barato deixá-los no hospital com a desculpa do"Ai Sr. Doutor, o meu pai tem-se sentido mal... Acho melhor ficar aqui duas... aliás, três semanas para observação... Quando eu vier morenaço das férias já deve estar bom!"?!
De facto, que esperar de pessoas que até os pais abandonam... quanto mais os cães...
Gente sem coração. Metem-me nojo. Mete-me completo nojo que todos os anos apareçam três ou quatro cães aqui na rua pelo Verão, e que a maioria morra atropelado na estrada enquanto anda aí a correr atrás dos donos. Mete-me ainda mais nojo vê-los, por vezes, dias a fio parados no mesmo sítio, à espera que o dono "que se esqueceu dele ali" volte para o levar para casa. A sua casa.
Já nem vou falar dos que abandonam os cães porque eles cresceram mais do que deviam, porque então também deveríamos começar a deitar fora todas as pessoas que ficassem mais altas ou mais gordas do que o que deviam.
Os animais não se descartam. Não se enfiam na varanda porque se mudou para um apartamento porque, quando se muda de casa, além de se pensar se vamos ter espaço suficiente no quarto para pôr a mobília, também há que pensar se temos espaço suficiente para o cão; não se deixam no meio do monte quando se vai de férias, bem longe de casa porque estes estúpidos desses animais que gostam de nós podem tentar voltar p'ra casa; não se maltratam; não se acorrentam a uma casota o dia todo, a menos que os respectivos donos também apreciem que lhes façam o mesmo. Eles merecem mais. Às vezes - infelizmente muitas - os donos é que não.
Infelizmente o nosso país não cuida dos seus animais, nem ninguém é punido por nada do que faça contra eles.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Gente.


Há pessoas que marcam o nosso caminho a fogo.
Há outras que nos alegram,
Outras que nos mordem caladas.
Há aquelas que nem aquecem nem arrefecem,
Sem causar arrepio.
Há aquelas, mais especiais, que dão tudo por nós,
Fazem tudo por nós,
Nos querem de verdade.
Para essas, que a vida lhes sorria
E lhes retribua todo o amor que dão,
Para que seja justa.
Àquelas outras, mais pequeninas,
Mais negras,
Mais azedas,
Um pouco de luz.

domingo, 19 de abril de 2009

Marcas.


Um dia estava a ter uma conversa daquelas de bar de faculdade com as minhas amigas e, não me recordo a que propósito, a conversa descambou em cicatrizes, porque uma delas tinha sido recentemente submetida a uma cirurgia estética parece.
A dada altura, uma das meninas do grupo sai-se com um "Que nojo! Detesto cicatrizes! Fazem-me impressão! Ai, preferia morrer a ficar com uma enorme!". E eu fiquei assim, embasbacada, com o ar mais aparvalhado do mundo a olhar p'ra ela, perante tamanha estupidez. O que me veio à boca naquele momento foi só um "Por amor de deus... tem dó... tu és louca! Espera aí que quem as tem é porque gosta!". E ela, não contente, continuou a defender a sua tese.
Eu, a determinada altura, já um bocado enojada com aquela conversa que achei simples e absolutamente estúpida, disse-lhe "Ouve lá, e se o teu namorado tivesse de fazer uma operação e ficasse com uma grande cicatriz? E aí, queres ver que o deixavas, não?!"
... a resposta foi medonha: "Olha... se a cicatriz fosse muito grande e muito feia... sei lá, mas imagina que era assim pelas costas a fora... ai eu não conseguia!".
Caiu-me tudo. É assustador pensar que há gente assim. É assustador pensar que convivo com gente assim. E é sobretudo assustador pensar que há gente capaz de deixar alguém ou de não conseguir estar com alguém com marcas de que a vida é fodida às vezes...
Entendo as cicatrizes e todas as imperfeições que nos vão aparecendo no corpo como um sinal de que estamos vivos, porque provavelmente se não tivessemos aquela cicatriz de uma operação estávamos mortos; se não tivessemos aquela cicatriz da cesariana, então o nosso filho poderia não ter nascido bem; and so on...
É verdade que há médicos que são autênticos talhantes e pensam que estão a ter uma aula de corte e costura e toca a fazer o trabalho sem ter o mínimo sentido estético... mas há coisas tão mais importantes... Cada marca que tenho é um pedaço do que já vivi... A que tenho no braço, por exemplo, só mostra que adoro cães mas que eles às vezes se passam; a que tenho no joelho é sinal de que a minha irmã andava mal p'ra caraças de bicicleta e que me projectou pelos ares; a que tenho na boca é sinal de que não devia ter arrancado a casca a uma ferida... :) E paciência, né?

Antes com imperfeições físicas do que perfeitos e lindinhos no caixão.

Grendha.











Estou apaixonada por estas meninas da marca brasileira Grendha. :) São lindas, super confortáveis e muito resistentes. Tenho dois pares que comprei no Verão passado e, além de estarem impecáveis (depois de romperem muito as solas!), eram as únicas sandálias que conseguia usar sem chegar ao fim do dia com bolhas ou feridas nos pés.
E não são nada caras! ;-) Aconselho!
(Uma semana depois de mais uma aquisição... P*ta que pariu! Retiro o que disse! Comprei umas sabrinas e tenho estes pés que nem posso!)

terça-feira, 14 de abril de 2009

Dieta!


A partir de hoje estou oficial e irremediavelmente de dieta.
Há meses que não caibo num par de calças que tenho e que, para mal dos meus pecados, era o meu preferido! Portanto, e porque daqui a pouco em vez de andar vou rebolar, agora estou de dieta. Nada de comer tudo o que me apetece, sempre que me apetece! Só tenho de cortar um bocado à ração...

Meu deus, Dá-me Força!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Coisas simples.

"Mesmo que tenhas dez mil plantações, só podes comer uma tigela de arroz por dia; ainda que a tua casa tenha mil quartos, nem de dois metros quadrados precisas para passar a noite". Ler isto faz-me lembrar que, ontem, numa das muitas conversas de gaja em que pouco mais além de baboseiras se diz, começamos a falar de dinheiro. Uma das minhas amigas disse "Eu sou uma gaja simples, não preciso de muito para ser feliz. Mas é mesmo verdade!". E eu pus-me a pensar e concluí que eu sou igual... Realmente nunca fui rica, hoje muito menos o sou, mas sempre fui tremendamente feliz.
A começar, porque tenho uma família daquelas que poucos se podem dar ao luxo de dizer que têm (a parte materna, vá). Somos como cães raivosos em relação aos outros, ai de quem se meta com um de nós!
Tenho uma casa bonita, com tudo o que preciso. Tenho animais que me dão uma alegria imensa. Tenho poucos (por opção) mas bons amigos. Tenho um namorado que nem vale a pena tentar descrever porque ficarei sempre aquém do que ele vale. Tenho tudo o que preciso para ser feliz, basicamente.
Claro que não tenho a bolsa da Mango que quero, nem as sandálias da Grendha que vi ontem, nem o armário de 5 portas que quero comprar para o meu quarto. Mas não tenho ainda, porque vou trabalhar e daqui a uns tempos já tenho tudo isso (ah pois, que ele não cai do céu...). E, se não tiver, não serei menos feliz isso, porque a vida é tão mais do que essas coisas, que são demasiado pequenas e insignificantes para valerem muito.
Um pequeno-almoço num café simpático, um mimo ao acordar, um dos meus gatos de manhã ao lado da minha cara a ronronar quando acordo, um lanche com a família, ou uma almofada nova bonita prá minha cama já me fazem feliz. Coisas assim. Não é preciso grande coisa, de facto.
Nem nos gostos sou rica, poça! :D

Rico dia.


Hoje está a ser um daqueles (raros) dias passados em casa para fazer a famosa ponta d'um corno...
Já fiz uns testezinhos de Código de Condução e cheguei à conclusão que devo ser mesmo burra em matéria de condução. :D Já reprovei nuns cinco, portanto tenham muito medo se algum dia passarem por mim na estrada. Agora acho que vou fazer algo parecido com a famosa siesta espanhola.

Mas isto é só p'ra quem merece!