Como estamos em Maio e se aproxima a época de exames - quer do secundário quer da universidade -, pupulam nas televisões e nas rádios publicidades aos chamados vitamínicos para o cérebro.
Eu ponho-me sempre muito atenta a escutar a publicidade mas a verdade é que não consigo perceber qual a utilidade daquilo. É para nos tirar o sono e irmos para um exame de directa? (coisa mais saudável não há) É para nos pôr agitados? É para nos fazer memorizar mais rápido?
Eu sou totalmente contra isto. As pessoas devem aprender a estudar, aprender o seu ritmo, quais os horários em que conseguem absorver mais informação, gerir melhor o tempo e o material. Eu, por exemplo, punha-me a pé por volta das 9h30, começava a estudar por volta das 10h, parava para almoçar, estudava, lanchava, estudava novamente até às 20h, hora a que ia jantar, e depois do jantar só terminava de ler qualquer coisita e arrumava os livros para a manhã seguinte. Sabia que não rendia a estudar à noite, porque já estava cansada e, quiçá, talvez pela própria (falta de) luz... Aprendi o meu ritmo e nunca fiz uma directa, nunca estudei mais tarde que as 22h ou 23h, nunca passei uma noite em claro a ler ou a decorar coisas à pressão, e sempre passei a tudo.
E depois há estes, os que precisam do Cerebrum para passar numa cadeira, porque senão devem ficar mais burros e já não conseguem. E depois há os outros, os completamente loucos, como uma colega que eu tinha na faculdade, que tomava os comprimidos que o avô, com Alzheimer, tinha de tomar por causa da perda de memória. Surreal.
Aprendam é a estudar pá, o cerebrum e afins não servem para nada!