(fotos de quando receberam as suas prendas de Natal... uma coleira para cada e paté gourmet!)
Não pretendo ter filhos tão cedo. Tenho 23 anos e sim, acho que ainda é demasiado cedo para isso! Tenho uma vida muito instável, nenhuma capacidade económica e, portanto, isso seria uma asneira da grossa...
Entretanto temos 2 filhos de 4 patas: a Rosinha (cadela labrador preta) e o Rambo (gato rafeiro que parece gato persa). Nós mimamos muito - demasiado - os nossos animais. Talvez porque eu tenha muito sentimento de culpa por eles viverem - principalmente a cadela - num apartamento, não serem livres para passear num quintal, correr na terra, escavar buracos, coisas naturais de animais.
A cadela tem muitos brinquedos. A nossa casa parece uma creche, sempre com brinquedos espalhados pela casa: ora dás um chuto numa máquina fotográfica de borracha, ora num osso azul, ora num osso rosa, ora numa garrafa de borracha verde, ora numa bola de ténis, ora numa pantufa gigante que é um basset hound (a outra pantufa do par só para quando acabar de rasgar esta toda) ora numa almofada azul do Winnie & Pooh. Ela adora a almofada, é a predilecta: se estamos na sala, ela traz para a sala; se estamos na cozinha, ela deita-se com a almofada nas patas; se vamos para a cama, ela traz para a cama e pousa a cabeça nela.
Por saber que ela passa o dia sozinha na cozinha e marquise (onde faz as suas necessidades... e não havia necessidade, dado que ela passeia de manhã, tarde e noite, e já tem dois anos, mas é porca!), habituei-a a dormir connosco. Se isto era engraçado quando ela era pequena, agora que tem mais de 30 quilos e é grande, não tem graça nenhuma. Mas eu olho para aqueles olhinhos e dá-me pena... e digo "Rosinha, anda para a cama com os pais" e ela salta, feliz da vida, para o nosso meio. Sim, ela não gosta de dormir aos pés da cama... mas sim no nosso meio. Às vezes acordo a meio da noite, super desconfortável, e acendo a luz. O cenário faz-me rir sempre: eu e o Caixote esborrachados num canto da cama, e ela esticada a ocupar metade da cama!
Depois vem o gato, que é mau como as cobras. Morde-nos, mia histericamente, não gosta de colo, de mimos, de nada! Só gosta de comer, morder na cadela e atacar-nos.
Mas eu gosto dele, e desculpo porque ele esteve às portas da morte antes de vir para nós, ninguém acreditava que resistisse e por isso ficamos com ele, e então acho que ficou com trauma. Era frágil, feio e torto. E hoje é um gato lindo, menos torto mas ainda um bocado, com um pêlo gigante, cinzento, olhos verdes e muito esperto. Só que é mau, tem esse feitio... não é defeito, é feitio, né?
Também só quer dormir connosco, mas esse dorme em qualquer lado. E acordo todas as manhãs com ele a ronronar em cima da minha cabeça (é o único momento ternurento que ele tem) enquanto zunca (sabem o que é isso, certo?) contra o meu cabelo. Está na adolescência, coitado...
De modos que é isto. São mimados, têm muito amor, são muito bem tratados. E dormem connosco, estamos sempre cheios de pêlo e, tal como eu e o Caixote ainda ontem conversamos, devemos feder a cão e a gato. Mas isso não importa, são os nossos filhos de 4 patas. :)