domingo, 1 de março de 2009

Plasticina.

Do alto dos meus 20 anos, e depois de algumas relações à mistura - umas boas, outras nem tanto - percebo (embora não pareça) que, para uma relação dar certo, temos de nos moldar, adaptar, resignar um pouco, whatever! Se um e outro não cedem, então vão bater de frente e não encaixar.
Isto para dizer que sei que sou difícil de aturar, sei que acho que tenho sempre razão e que deve ser complicado levar comigo o dia todo. Mas, da mesma maneira que eu levo com os defeitos do meu Mister, já me habituei a eles e tento conviver saudavelmente com eles, também ele se habituou aos meus e, coitado, lá os atura.
Quando duas pessoas estão juntas, à partida é porque gostam uma da outra. E, se o fazem, têm de se aceitar mutuamente. E este aceitar mutuamente implica a bagagem toda, não só o que o outro tem de bom: implica o mau feitio de manhã, a mania das limpezas, o mau humor, a falta de paciência... (é pá... acho que estou a reconhecer isto de algum lado...)
Se não houver esta aceitação, não vai haver nada. Porque as pessoas querem-se completas, não há selecção na personalidade. Ou se leva com tudo, de bom e, sobretudo, de mau, ou mais vale não levar nada. Perfeição não existe, nem aqui nem na China.
No entanto, esta modelação tem de vir de nós mesmos, e não do/a companheiro/a. Quando alguém se apaixona por outra pessoa, apaixona-se pela pessoa que ela é naquele momento e não pela pessoa que quer fazer dele/a dali a uns tempos.

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