quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Casamento homossexual

Hoje de tarde estive mais de uma hora a ver o debate acerca do casamento homossexual que deu na RTP2, no Programa Sociedade Civil. É incrível mas, expliquem-me como se eu fosse muito burra, o que é que há para discutir?
São duas pessoas. Duas pessoas que se amam e querem casar. Querem formalizar um compromisso e daí derivarão direitos e deveres inerentes ao casamento. Duas pessoas. Não interessa se é um homem e uma mulher, um homem e outro homem, ou uma mulher e outra mulher. São pessoas, antes de mais e acima de tudo.
Não me afecta em rigorosamente NADA o facto de casarem. Mas afecta-me o facto de não poderem casar e, por esse motivo, estarem a ser discriminadas.
É o chamado direito a constituir família. É o direito à igualdade. É o direito à não discriminação. Tudo isto está aqui a ser posto em causa porque meia dúzia de pessoas embirraram que lhes faz comichão os homossexuais poderem casar.
A questão é que não são "os homossexuais que querem casar". São sim "duas pessoas que querem casar". Pessoas, antes de mais e acima de tudo.
Por isso, deixem-se lá de merdices e parem de embirrar. Costumo dizer sempre que não façam aos outros o que não querem que vos façam. E eu nunca faria isso a um filho meu, nunca o quereria ver com os seus direitos restringidos por ser homossexual; nunca o quereria ver a ter de lutar tanto para ter os mesmos direitos que os heterossexuais. Queriam que fizessem aos vossos?
São tudo pessoas. E não estamos a falar de sexo. Estamos a falar de amor. Homossexualidade não é levar no rabo (senão haveria por aí muito boa gente assim). É amar outra pessoa do mesmo sexo. Parece que há quem não entenda isso.
Casem para aí. Sejam felizes.

1 comentário:

Soleil ♥ disse...

Se as pessoas fossem bem formadas e tivessem a mente mais aberta, certamente que esta situação não causaria tanta controvérsia. São os tais regras da sociedade, fortemente imbutidas e de um tradicionalismo extremo que mesmo assim já se vai notando que se tem tornado mais flexível. É importante perceber que as pessoas têm o direito de ser felizes independentemente da sua orientação sexual. Continuam a ser seres humanos normais e não bichos de sete cabeças.

Beijinhos