domingo, 24 de agosto de 2014

Do Amor (sem fim)

Faz quarta-feira 4 meses que a minha Avó nos deixou. Continuo a contar sempre um prato para ela quando fazemos almoços de família. Continuo a estranhar sempre quando os meus tios chegam para o lanche ao sábado no carro de dois lugares porque penso sempre onde raio vem a avó? Continuo a ter o instinto, ao entrar na nossa casa de família, depois de entrar na cozinha de ir à sala dar-lhe um beijo porque estava lá sempre a ver televisão.

Para minha surpresa, sempre que penso nela não sinto qualquer dor. Só me dá vontade de rir. Quase todos os dias, quando ando nas fotografias do meu telemóvel, aumento a imagem da fotografia que tenho com ela e o meu tio no aniversário dele a 4 de Julho do ano passado e digo Olá Avó e dou-lhe um beijo.

Não fizemos do assunto Avó tabu. Falamos bastante nela e só coisas boas, coisas que nos fazem rir que ela às vezes fazia ou dizia. O Amor é assim, e felizmente ela só nos deixou motivos para sorrirmos quando pensamos nela, nem que seja quando rimos dos disparates das coisas que de vez em quando dizia, fruto da idade.

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