quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

O nosso jardim.


Naquele fim de tarde quente e seco,
De ar sufocado e passos apressados,
Fumo no ar e risos de criança,
Conversas cruzadas e fruta nas bancadas…

Como era linda a nossa cidade, amor!
Como era bom traçar contigo estas ruas,
Passar por entre as casas,
Pisar a calçada quente…

E o banco de jardim do costume!
Verde seco, naquele jardim florido
Onde nasceram tantos amores…
Onde estás tu?

Como é possível que já lá não estejas, amor?
Como pudeste partir?
O nosso banco, o nosso jardim…
Enfim, o nosso Amor!

As árvores, chorosas, clamam por ti.
As flores, revoltadas, ardem sozinhas.
Não chorem, árvores e flores!
Ele há-de voltar, para vós e para mim!






O sol já se põe, meu amor, e tu não voltas.
Os montes gemem doloridos,
As flores recolhem-se,
Os passos tornam-se lentos…


Gosto de escrever... mal ou bem, mas gosto.

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