Calma, tem calma... é a expressão que mais tenho ouvido nos últimos tempos. Tenho a loja aberta há praticamente um mês e, apesar de saber que não está a correr muito mal para primeiro mês, estou profundamente preocupada com isto.
Esta cidade é uma porcaria para vender. As pessoas não dão o mínimo valor às lojas de rua, mas isso é uma coisa que eu já sentia muito antes de sequer sonhar ter um negócio.
Nas lojas de rua as pessoas são simpáticas, sem tentar impingir ou simplesmente ignorar. Nas lojas de shopping tentam impingir, caso trabalhem à comissão, ou não querem saber dos clientes e anda-se meia hora atrás de um funcionário quando se quer ajuda (veja-se o caso da Zara...). Nas lojas de rua as pessoas (ainda) fazem embrulhos, com papel de embrulho, com laços e etiquetas (que, não sei se vocês sabem, mas custam muito dinheiro). No shopping enfiam a prenda num saco e metem dois (com sorte três) agrafes. As lojas de shopping pertencem a cadeias, a gente cheia de dinheiro e que se está pouco lixando para se vocês saem ou não satisfeitos. As lojas de rua pertencem a pessoas individuais, que se vêem aflitas com as contas ao fim do mês e que fazem de tudo para que os clientes voltem e gostem. Nas lojas de rua as pessoas tentam fazer um desconto se levares mais do que uma coisinha e se for possível, no shopping nem um cêntimo de tiram à conta.
Por isso não, não entendo porque é que eu estou sozinha na minha loja que, não é por ser minha, mas é maravilhosa, com coisas lindas e originais. Toda a gente o diz, não só a minha família e amigos, mas toda a gente que cá entra. E porque é que o shopping da cidade (que, diga-se de passagem, não vale nada) está a abarrotar. E as lojas vendem, não é só gente no passeio, vendem mesmo.
Por isso, por favor, não me peçam calma. Estou muito preocupada, mesmo muito.
Esta cidade é uma porcaria para vender. As pessoas não dão o mínimo valor às lojas de rua, mas isso é uma coisa que eu já sentia muito antes de sequer sonhar ter um negócio.
Nas lojas de rua as pessoas são simpáticas, sem tentar impingir ou simplesmente ignorar. Nas lojas de shopping tentam impingir, caso trabalhem à comissão, ou não querem saber dos clientes e anda-se meia hora atrás de um funcionário quando se quer ajuda (veja-se o caso da Zara...). Nas lojas de rua as pessoas (ainda) fazem embrulhos, com papel de embrulho, com laços e etiquetas (que, não sei se vocês sabem, mas custam muito dinheiro). No shopping enfiam a prenda num saco e metem dois (com sorte três) agrafes. As lojas de shopping pertencem a cadeias, a gente cheia de dinheiro e que se está pouco lixando para se vocês saem ou não satisfeitos. As lojas de rua pertencem a pessoas individuais, que se vêem aflitas com as contas ao fim do mês e que fazem de tudo para que os clientes voltem e gostem. Nas lojas de rua as pessoas tentam fazer um desconto se levares mais do que uma coisinha e se for possível, no shopping nem um cêntimo de tiram à conta.
Por isso não, não entendo porque é que eu estou sozinha na minha loja que, não é por ser minha, mas é maravilhosa, com coisas lindas e originais. Toda a gente o diz, não só a minha família e amigos, mas toda a gente que cá entra. E porque é que o shopping da cidade (que, diga-se de passagem, não vale nada) está a abarrotar. E as lojas vendem, não é só gente no passeio, vendem mesmo.
Por isso, por favor, não me peçam calma. Estou muito preocupada, mesmo muito.
8 comentários:
Olha eu sempre preferi as lojas de rua! por tudo o que dizes, e também pelo facto de lá encontrarmos peças únicas, muitas vezes de maior qualidade, e que não anda por aí repetida em todo o lado!
Ano passado em famalicão, comprei numa loja de rua 4 vestidos de malha lindos e nada caros, 2 coletes e um casaquiho bolero, e toda a gente me perguntou onde os encontrei!Enquanto que se fosse na zara, ja toda a gente havia visto aquilo nas montras de qualquer shoping. As lojas de rua tem mais simpatia e permitem para além de ajudar o país e uma pessoa em particular, ser mais originais! beijo e boa sorte rapariga.
Petra, é isso mesmo! Porque o que eu tenho na loja mais ninguém tem na cidade, e mesmo assim...
Simplesmente tens de compreender que apesar de os artigos que vendes serem de facto bonitos, não representam, contudo, nenhuma necessidade primária. Sendo assim, obviamente que as pessoas continuarão a dirigir-se ao shopping onde encontrarão os artigos que procuram (roupa, maquilhagem, jogos, alimentos, calçado, etc). Além de que a divulgação é sempre meio caminho andado para o sucesso.
Isso é verdade, mas não é só. Porque se entrares nas lojas de decoração do shopping (e eu já trabalhei em duas), eles em Dezembro facturam em dois dias ou só num aquilo que eu preciso para um mês inteiro! É uma diferença gigantesca... mas eu estou a arranjar um esquema de publicidade engraçado. :)
Porque as pessoas sabem onde podem satisfazer as suas necessidades e encontrar tudo o que desejam e o shopping é o lugar para isso. A questão é criares necessidade dos teus produtos, seja através de divulgação na internet, quer sejam panfletos, cartazes. Empenha-te na montra, por exemplo. Eu conheço viana qb suponho que a tua loja se enquadre na zona histórica, perto da estação de comboios, que é uma zona belíssima. Ora bem, tendo aí a biblioteca e uma zona pedonal, o teatro, etc, encontra formas de estabelecer parcerias e divulgar entre os habitantes o conteúdo da tua loja. Seja em anúncios pagos em jornais ou parcerias com eventos da zona, procura as entidades e depois impinge-te. Nos negócios é preciso falta de vergonha, o que não significa naturalmente ser-se "desavergonhada". Toda a sorte.
Pois eu tenho panfletos no posto de Turismo, em alguns cafés e afins, tenho uma montra linda de morrer, mas não tenho mais nada porque não tive retorno suficiente de dinheiro que me permita estar a investir em anúncios na rádio ou jornais... o problema é esse! Mas sim, a minha loja é a uns metros da avenida, por isso o lugar e zona são lindíssimos. Vamos ver como corre! Obrigada. :)
A cidade de viana tem uma clientela muito específica. Quem tem realmente poder de compra prefere ir para sítios onde tem mais e melhor oferta, quem tem um poder de compra menor acaba por não dar valor a determinado tipo de coisas. E se com roupa, perfumes e coisas "usáveis" a sensação de felicidade pela compra é grande (ainda que possa ser meramente momentânea) e acaba por ser mais afoita, com bens de decoração e mobiliário há, por norma, uma maior ponderação e uma capacidade de protelar a compra até ao inevitável.
Depois há a segunda questão, e aqui falo também por mim, em momentos de maior aperto a grande maioria não está muito interessada em mais nada que não a relação qualidade/preço e aí é notório, principalmente em Viana, que os comerciantes de rua tendem a "abusar" nos preços praticados. E para o cliente, o factor primordial de decisão serão (quase) sempre os preços.
Cláudia, mas eu tenho preços muito baixos para os produtos que tenho... o meu agente diz mesmo que pratico preços "absurdos de baixos". Não digo que as coisas sejam de graça, mas se os clientes soubessem o que pago pelos artigos que compro, e lhe pusessem ainda o IVA em cima, teriam noção disso. Se as lojas de rua costumam abusar, também há muitas lojas de shopping que o fazem (lembro.me que comprei numa ourivesaria de rua uma pulseira a 89 euros, e no shopping tinha uma igual a 120... igual, a mesma marca)... e eu não abuso de certeza!
Enfim, mas eu trabalho com decoração e coleccionismo, não mata a fome a ninguém. Só a mim. :-) lol
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