segunda-feira, 29 de abril de 2013

Dos ciúmes



Eu já vivi uma relação em que não confiava na pessoa com quem estava. Nem se tratava bem de ciúmes, era sempre uma intuição que me dizia está a mentir, está a mentir, alerta, está a mentir, mas como eu era adolescente e parva deixava andar. Se saltou a cerca ou não, não sei, acho que não mas não meto as mãos no fogo. Paciência, já lá vai!
Com o meu Caixote estou junta há quase 5 anos. Não parece nada... Lembro-me dos dias do início do nosso namoro como se fosse hoje... Já nos conhecíamos do café onde ele trabalhava - conhecimento cliente-empregado, basicamente. Ele metia-se comigo, eu não ligava. Convidou-me para sair finalmente, aceitei. Saímos segunda, na segunda seguinte começamos a namorar e já lá vão estes anos.
Talvez por desde o início não querer cometer os erros que havia cometido no passado, fui sempre terrivelmente franca com ele. Às vezes até demais, reconheço. E ele igual. Confio nele totalmente, mas totalmente mesmo. Não sou totó, sei que tem dois olhos na cara. Eu também tenho dois olhos na cara. Nenhum de nós ficou cego porque estamos juntos mas gostamos um do outro. Gostamos mesmo. Não é aiiiiiii vou morrrrrrer, estou aqui apaixonada, aiiiiiiiii! Não, é amor, aquele amor tranquilo e sincero, aquele total conhecimento do que o outro pensa, vai fazer ou vai dizer. 
De muito longe a longe tenho ciúmes. Não tenho ciúmes do ar e do vento, quando os tenho é de pessoas em concreto. Já tive 2 ou 3 situações nestes anos, é claro... mas rapidamente passaram, não sou de ficar cismada. :) Digo-lhe muitas vezes que, no dia em que algo me cheirar mal, nem espero para ver. Salto fora logo, que a minha testa é linda assim e não precisa de enfeite.

2 comentários:

TelmaSilva disse...

Mais vale sinceridade a mais do que a menos. Com o passar dos anos a honestidade é que segura a relação. Penso eu..

Caixa disse...

Miss, pensas tu e muito bem. ;)